O assunto do momento, para os mais antenados em internet, é TikTok e Reels. Se você não mora em Marte, já deve ter ouvido falar, com certeza. Mas como saber se sua empresa precisa investir tempo e dinheiro conhecendo e desbravando essas plataformas? Para isso, vamos entender um pouco a linha do tempo dos apps.
Hitaram ou floparam?
Traduzindo: fizeram sucesso ou fracassaram? (o idioma “internetês” existe e eu posso provar.)
Até ontem, o app do momento era o Snapchat. E até antes de ontem eram o Musical.ly e o Vine. As empresas mal aprendem a mexer em um e já lançam outro, né? Aliás, olha quantos aplicativos fizeram sucesso nos últimos anos:
2011
A febre era Angry Birds e o Talking Tom Cat. Quem nunca ficou falando frases aleatórias nesse aplicativo e rindo sozinho?
O Instagram começava a ficar popular entre todos, com sua chegada ao Android. Inclusive, a moda era postar as fotos com efeitos retrô e essas molduras:
Nesse mesmo ano, a gente estava baixando o Waze e esquecendo, definitivamente, todos os nomes de ruas existentes (você sabe o nome da rua de trás da sua casa? eu não).
2014
Um ano muito interessante para o mundo dos apps. Só nele, olha o que nós baixamos em nossos celulares: Spotify, Uber, Easy Táxi, Swarm (antigo Foursquare), Airbnb, CamScanner (aquele que supostamente roubava os nossos dados), apps de edição de imagem (agora que o Instagram já tinha sido inserido definitivamente em nossas vidas) e o Secret, lembra dele? O app que a gente postava anonimamente e as pessoas podiam curtir e comentar anonimamente também, ou seja, gritaria e confusão. 😂
2016
O iFood começou a bombar, não só nas capitais, mas agora pelo interior também. O ano era de Olimpíadas no Rio de Janeiro e tinha muito treinador caçando pokémon pelas ruas com o Pokémon Go. Ah, o Snapchat também foi nessa época aqui.
Anúncios por todos os lados
Bom, na maioria desse tempo todo eu já trabalhava com marketing digital. E, acredite: toda vez que uma plataforma era lançada a gente tinha que pensar em como inserir nossos clientes nela. Mal pensamos em como entrar no Snapchat e todo mundo migrou para os Stories do Instagram. Nem nossas idas e vindas para o trabalho foram poupadas com anúncios no Waze.
Agora imagine: se nem quem trabalha com publicidade aguenta mais tanta propaganda, pense no público em geral? É por isso que, antes de sair correndo para aproveitar o app da moda, pense se a curva de aprendizado é longa e se esse tempo valerá o investimento.
Eles querem pessoas, não empresas
Como eu disse aqui em cima, ninguém aguenta mais tanta propaganda, né? Pois, não à toa, que o marketing de influência vem ganhando cada vez mais espaço (e retorno financeiro). Por muito tempo, as marcas não se ligaram que as redes sociais são sociais, ou seja:
Relativo às pessoas ou à sociedade; Relativo à organização e ao comportamento do homem na sociedade ou comunidade; Que tende a formar relações cooperativas com outros; gregário, sociável: O homem é um ser social; Que sente a necessidade de viver com outros; que não cultiva a solidão.
Fonte: dicionário Michaelis
E aí, temos exemplos clássicos de empresas que captaram essa essência e saíram na frente: Magalu, Netflix, Burger King, Ponto Frio, entre outras.
E o que isso tem a ver com TikTok e Reels?
Hoje, o TikTok tem mais de 500 milhões de usuários ativos, sendo o 4º aplicativo em número de usuários, ficando atrás apenas do Facebook, YouTube e Instagram. Desses, 41% têm entre 16 e 24 anos. Então, vamos à reflexão: seu público-alvo se encaixa nessa faixa etária? Você pretende expandir sua linha de produtos/serviços para esse público? Se a resposta for “sim”, já temos um caminho.
Agora é que vem a grande dúvida: o que publicar lá? Só dancinha e vídeo engraçado que funciona? A resposta é: não necessariamente. Você pode apostar em:
- Vídeos com funcionários mostrando o dia a dia da empresa, mesmo que em homeoffice;
- Utilizar influenciadores;
- Produzir conteúdos educativos sobre o seu segmento/negócio;
- Optar por áudios originais.
A linha entre o legal e o forçado é muito tênue no TikTok e Reels. Por isso, tome cuidado!
Como ser visto no TikTok e Reels?
O algoritmo do TikTok tem me agradado bastante, particularmente. Ele funciona, basicamente, por meio das hashtags utilizadas nas legendas dos vídeos. Então, quanto mais você curte publicações com a hashtag #marketing, por exemplo, mais conteúdos desse assunto aparecerão para você, sem que você precise estar seguindo os perfis. Por isso, navegue bastante pela plataforma para descobrir as hashtags mais usadas e que atraiam um público qualificado para o seu perfil.
Já o Reels tem sido muito bem entregue, pois o Instagram sempre dá preferência a quem utiliza suas novas funcionalidades, sejam elas no feed ou stories. Quando eles lançaram prévia do IGTV no feed, só apareciam vídeos do IGTV na nossa timeline, assim como quem usa recursos novos nos stories também ficam na frente. A mesma coisa está acontecendo com o Reels. Basta entrar no app para ver a chuva de posts no Reels. Por isso, se você já tem uma boa base de fãs no Instagram, aproveite essa onda para alavancar seu alcance orgânico.
Resumo da ópera
Se seu público-alvo é mais jovem, sugiro que corra para traçar um plano para essas plataformas. Se você já tem um bom número de seguidores no Instagram, comece pelo Reels para não perder a explosão de alcance orgânico.
Caso seu público não seja majoritariamente jovem, mas você crê que pode produzir conteúdos relevantes e tem pessoas para dar esse suporte, vá em frente. Tenha em mente que o ideal para o TikTok, nesse momento, é publicar pelo menos duas vezes ao dia, se quiser alcançar números significativos de pessoas.
Agora, se a maioria do seu público não está lá e você nem sabe direito o que são esses apps, talvez não valha o investimento de tempo e recursos, pois, como vimos, a vida útil desses aplicativos é curta e a curva de aprendizado pode ser longa.
Por enquanto é isso, pessoal! Mas, como a internet não para, logo logo eu volto com atualizações e novidades. 😉
